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ONG pede libertação de russo preso por caçar pokémon na igreja

Ruslan Sokolovski, de 21 anos, foi condenado a dois meses de prisão administrativa no último sábado

Por Redação Internacional
Atualização:

Anistia Internacional (AI) pediu a libertação de um jovem russo que foi preso por caçar pokémons em uma igreja e que poderia ser condenado com pena de até cinco anos de prisão.

"O absurdo caso do blogueiro russo preso por jogar Pokémon Go em uma igreja evidencia o que acontece quando as autoridades têm tão pouco respeito pela liberdade de expressão", afirma o organismo em comunicado.

Jogo Pokemon Go virou febre mundial em 2016 Foto: Efe

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Embora admita que o comportamento de Ruslan Sokolovski possa ser considerado "desrespeitoso por alguns", a Anistia destaca que as autoridades "não deveriam encarcerar pessoas só por ferir os sentimentos religiosos".

Sokolovski, de 21 anos, foi condenado a dois meses de prisão administrativa no último sábado após postar um vídeo no YouTube jogando dentro de uma das principais catedrais de Moscou. O jovem foi detido por "impedir o exercício do direito à liberdade de consciência e religião e instigar ao ódio", com base em uma lei promulgada após o famoso caso protagonizado pela banda Pussy Riot, em 2012.

A nota da AI reconhece que Sokolovski foi à igreja em 11 de agosto mesmo depois de a TV pública advertir em julho sobre a prática de caçar pokémons em templos religiosos ou perto da fronteira, sob a ameaça de condenação. Segundo essa lei, o jovem, que utilizou um iPhone para gravar sua ação, poderia ser condenado a cinco anos de prisão, já que os investigadores disseram ter encontrado em sua casa provas de ataques à liberdade religiosa.

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A Igreja Ortodoxa Russa apoiou a detenção, mas a vinculou não à caça dos monstrinhos, e sim às provocativas atividades de blogueiro, cuja prisão gerou a campanha "#FreeSokolovski" nas redes sociais.

O chefe da comissão de Assuntos Religiosos da Duma (Câmara dos Deputados), Jaroslav Nilov, tachou a detenção de desnecessária e considerou que caçar pokémons em uma igreja não pode ser considerado blasfêmia. / EFE

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