Redação Internacional
15 de abril de 2013 | 11h41
FELIPE CORAZZA / ENVIADO ESPECIAL A CARACAS
O candidato de oposição ao chavismo, Henrique Capriles, não reconheceu a vitória apertada de Nicolás Maduro anunciada na noite de domingo (14) pelo Conselho Nacional Eleitoral. Maduro, sucessor indicado por Hugo Chávez antes de sua morte, obteve 50,66% do eleitorado na votação do domingo. Capriles ficou com 49,07%.
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Diante de uma diferença menor do que 300 mil votos, o opositor disse que o candidato chavista foi “derrotado” e exigiu uma recontagem dos votos. No sistema venezuelano, os eleitores usam urnas eletrônicas e confirmam a preferência depositando um comprovante em urna.
Mesmo que saia vitorioso após a recontagem, Maduro terá muitos problemas para governar com uma vitória tão apertada. Internamente, a pouca diferença sobre Capriles o impede de se impor como líder de fato do chavismo. Do outro lado, o presidente eleito fica sob a pressão de uma oposição fortalecida e com voz suficiente para fazer exigências. Também existe a possibilidade de convocação de um referendo revogatório após três anos de mandato.
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