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Para entender: Argentina tem histórico de 25 anos de saques

Situação começou em 1989 durante o período da hiperinflação

Por Redação Internacional
Atualização:

Por: Ariel Palacios, correspondente / Buenos Aires

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BUENOS AIRES - O histórico dos saques em massa na Argentina começou em 1989, quando centenas de estabelecimentos comerciais foram depredados nos arruinados municípios da Grande Buenos Aires durante o período da hiperinflação. O governo do então presidente Raúl Alfonsín (1983-89) decidiu apaziguar a população com a distribuição de comida grátis durante meses.

Nos anos 90, foram registrados saques em pequenas cidades do interior, que empobreceram rapidamente a partir do processo de privatizações do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99).

Em dezembro de 2001, a Argentina estava à beira do colapso total, já que a crise econômica - agravada pelo "corralito" (o maior confisco bancário da História argentina) - levou à pobreza milhões de argentinos de um dia para outro. As principais cidades do país transformaram-se em um violento cenário de batalhas campais entre desempregados que saqueavam supermercados e a Polícia.

Em dezembro do ano passado, junto com o ressurgimento dos problemas sociais no interior do país, dezenas de milhares de pessoas aproveitaram uma onda de greves das forças policiais em dois terços das províncias argentinas para saquear mais de 3 mil lojas e supermercados além de 1.500 residências, especialmente nas cidades de Córdoba e Tucumán. Os saques, intermitentes, duraram uma semana.

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