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PARA ENTENDER: O acordo entre Israel e o Hamas

Mural diante da residência oficial do premiê israelense exibe apelos para que Shalit seja solto

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Por redacaointer
Atualização:

(atualizado às 17h06) O grupo islâmico Hamas, que domina a Faixa de Gaza, e o governo de Israel firmaram na terça-feira, 11, um acordo para troca de prisioneiros. O soldado Gilad Shalit, capturado pelo Hamas na fronteira com a Faixa de Gaza em junho de 2006, será libertado pelo Hamas em troca de 1027 palestinos que estão em cadeias de Israel.

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Veja também: PARA LEMBRAR: A captura de Gilad Shalit

Conheça a seguir alguns detalhes do acordo, que será colocado em prática em duas etapas. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 12, pela imprensa israelense.

No próximo domingo, o Ministério da Justiça de Israel vai publicar a lista dos palestinos que deverão ser soltos. Nas 48 horas seguintes, até terça-feira pela manhã, o público poderá apresentar objeções à Suprema Corte contra a libertação. Se não houver oposições, já na manhã de terça-feira Israel soltará entre 450 e 470 presos. Há, entre eles, 280 que foram condenados à prisão perpétua pela morte de civis israelenses e 27 prisioneiras.

Paralelamente, Shalit será transferido para o Cairo através da passagem de Rafiah, no sul da Faixa de Gaza, e de lá para Israel. Ao chegar, o soldado será levado para uma base militar, onde serão realizados exames médicos. De lá, ele viaja para Mitzpe Hila, no norte do país, onde mora a família. Os pais de Shalit, Noam e Aviva, voltaram para casa nesta quarta depois de quase um ano em Jerusalém, onde acamparam diante da residência oficial do premiê Benjamin Netanyahu.

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Em uma segunda etapa, dentro de dois meses, Israel deverá libertar até 550 prisioneiros palestinos. A maioria dos libertados na primeira etapa - que eram residentes da Cisjordânia -, será deportada para a Faixa de Gaza. Apenas 110 dos primeiros 450 presos que serão soltos poderão voltar para a Cisjordânia, outros 40 serão expulsos para o exterior e 300 irão para a Faixa de Gaza, onde deverão ser recebidos com festejos organizados pelo Hamas.

Os prisioneiros que voltarem para a Cisjordânia não terão liberdade de sair de suas aldeias, não poderão viajar para o exterior e terão que se apresentar perante as autoridades militares israelenses uma vez por mês.

Com BBC

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