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Para entender: O que se sabe sobre o ataque dos EUA à base síria

Ação americana foi uma retaliação ao bombardeio com armas químicas na Síria, que provocou a morte de cerca de 100 pessoas na terça-feira

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o bombardeio a pistas de pouso, aviões e centrais de abastecimento na Síria na primeira ofensiva militar direta contra posições do governo do líder Bashar Assad. A ação foi uma retaliação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de cerca de 100 pessoas na terça-feira 4.

Veja abaixo o que se sabe sobre a ação americana na Síria, segundo o jornal americano The New York Times.

Donald Trump ordenou o bombardeio a pistas de pouso, aviões e centrais de abastecimento na Síria ( Foto: Ford Williams/Courtesy U.S. Navy/Handout via REUTERS)

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O que se sabe

- 59 mísseis Tomahawk foram lançados de destróieres americanos do leste do Mar Mediterrâneo contra a base aérea de Al Shayrat, na Província de Homs, no que funcionários da Casa Branca qualificaram como uma resposta aos ataques químicos de Assad a civis no início da semana.

- O Exército sírio disse que o ataque americano matou seis pessoas. No entanto, a agência de notícias síria Sana afirma que são nove mortos, incluindo quatro crianças.

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- Trump ordenou o ataque após dois dias de intensas deliberações que envolveram dois encontros de seus conselheiros de segurança nacional, incluindo o que foi conduzido pelo próprio mandatário em Mar-a-Lago, na Flórida.

- Ao anunciar a ação dos EUA, Trump qualificou o ataque químico como "muito bárbaro" e disse que sua decisão iria "prevenir e deter a propagação e o uso de armas químicas mortais".

- As forças russas foram notificadas previamente sobre os ataques americanos, apesar de funcionários do governo dos EUA não terem informado diretamente o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, criticou Moscou por falhar em cumprir sua promessa feita em 2013 de destruir todas as armas químicas da Síria.

- A Rússia condenou duramente a ação americana, mantendo sua visão de que Assad não foi o responsável pelo ataque químico. O Irã também criticou a ofensiva americana.

O que não se sabe

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- Os impactos que o ataque americano terá nas capacidades da base aérea. O general H.R. McMaster, conselheiro de segurança nacional de Trump, afirmou que Assad "estaria mantendo uma certa capacidade além dessa base aérea em particular" para usar armas químicas.

- Funcionários americanos não forneceram detalhes sobre baixas no ataque, ou sobre o número de vítimas na Síria. Disseram apenas que decisões foram tomadas para minimizar a perda de civis.

- A Casa Branca ainda não comentou a reação de Assad e de seus aliados na Rússia e no Irã com relação ao ataque americano à Síria.

- É difícil saber se uso da força militar por Trump dessa forma e nesse momento é uma indicação de que ele pretende colocar em prática uma política externa agressiva, com base no uso frequente da força - algo que ele havia criticado durante a campanha presidencial.

- Ainda não se sabe os impactos que a decisão terá na política dos EUA, já que Trump agiu sem a aprovação do Congresso.

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