LONDRES - O Reino Unido participou da invasão e da Guerra no Iraque, iniciada em 2003, ao lado dos Estados Unidos. A decisão foi bastante impopular entre os britânicos na época e muitos acusam o ex-primeiro-ministro Tony Blair de ter enganado a população sobre a presença - jamais comprovada - de armas de destruição em massa no território iraquiano.
O relatório britânico sobre o conflito aponta diversos erros na forma como o ex-premiê conduziu o caso. Segundo o documento, ele superestimou a própria habilidade de influenciar as decisões americanas e enviou tropas ao território iraquiano antes de esgotar as vias pacíficas.
Veja abaixo a sequência de fatos polêmicos sobre as investigações da Guerra no Iraque:
Maio de 2009
As últimas tropas britânicas abandonam o território iraquiano seis anos depois que Tony Blair iniciou as ações militares ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.
Junho de 2009
O então primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, cria uma comissão liderada pelo funcionário britânico John Chilcot com o objetivo de investigar a Guerra no Iraque.
Novembro de 2009
Começam as audiências públicas e as reuniões com os parentes dos mortos em combate. Chilcot destaca que o documento tem "compromisso com a transparência".
Janeiro de 2010
Blair explica diante da comissão que não se arrepende de ter derrubado o então presidente do Iraque, Sadam Hussein.
Março de 2010
Brown insiste que a derrubada de Hussein foi "a decisão correta".
Janeiro de 2011
Chilcot anuncia que a comissão está "decepcionada" porque não pode publicar os relatórios que Blair enviou a Bush ou as gravações de seus encontros. Chamado para prestar esclarecimentos, Blair afirma que se arrepende "profundamente" das vidas perdidas no Iraque.
Fevereiro de 2011
Ex-ministro das Relações Exteriores Jack Straw recela que dias antes da invasão, em março de 2003, aconselhou Blair que não era necessário enviar tropas britânicas ao lado das americanas.
Novembro de 2011
Comissão anuncia que atrasará a publicação do relatório sobre o conflito em razão de disputas sobre alguns documentos secretos.
Junho de 2012
Chilcot anuncia que a publicação do documento foi adiada até meados de 2013.
Agosto de 2015
Parentes dos 29 soldados mortos ameaçam agir legalmente se o documento não for divulgado até o final do ano.
Maio de 2016
Chilcot anuncia que documento será publicado em 6 de julho.
Julho de 2016
"Relatório Chilcot" é publicado sete anos após Brown iniciar a investigação.
/EFE
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