Um terremoto de 6,2 graus na escala Richter abalou a região central da Itália na madrugada desta quarta-feira, 24, deixando ao menos 73 mortos, centenas de desaparecidos e milhares de desabrigados. O episódio fez com que a população lembrasse do tremor de 6,3 graus de magnitude ocorrido em 6 de abril de 2009 na cidade histórica de L'Aquila, no centro da Itália.
Mais de 300 pessoas morreram com a tragédia, 80 mil ficaram desabrigadas e milhares de construções que datavam do século 13 ficaram danificadas.
O tremor afundou em até 18 centímetros uma área de cerca de 200 km², segundo pesquisadores do Instituto Geomática (gerenciamento de dados espaciais) da Catalunha, na Espanha. O estudo foi realizado por meio de observações do radar do satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia.
Algum tempo depois, seis cientistas italianos foram condenados a seis anos de prisão por homicídio culposo ao subestimarem os riscos do terremoto. A Justiça considerou que as autoridades divulgaram informações tranquilizadoras à população, o que as impediu de se protegerem.
Na época, o jornal italiano La Repubblica publicou uma matéria sobre uma carta que o então prefeito de L'Aquila, Massimo Cialente, havia escrito relatando os contínuos tremores de terra que eram registrados na cidade e do mal estado de conservação de alguns edifícios. Ele também havia pedido ajuda ao departamento de Defesa Civil do governo italiano cinco dias antes do terremoto de abril e que se decretasse estado de emergência na região.