Redação Internacional
15 de fevereiro de 2017 | 05h00
1. A morte de Kim Jong-nam representa um risco à segurança mundial?
Dificilmente. O meio-irmão do atual líder norte-coreano já não mantinha relações com o regime e, ao mesmo tempo, não era visto como alguém capaz de abalar a estabilidade de Pyongyang cooperando com governos estrangeiros.
Foto: TOSHIFUMI KITAMURA/AFP
2.Há indícios de que Kim Jong-un tenha mandado matar o meio-irmão?
As autoridades da Malásia investigam o assassinato de Kim Jong-nam, mas, até ontem, ainda não haviam anunciado terem indícios concretos sobre a autoria. O governo dos EUA, no entanto, acredita “firmemente” que a morte tenha sido encomendada por Pyongyang, segundo afirmou uma autoridade de Washington à Reuters.
3.Por que ele não quis ser chefe supremo da Coreia do Norte, mesmo sendo o favorito do pai, Kim Jong-il?
Em 2010, nove anos após ter sido preso com um passaporte falso tentando visitar a filial japonesa da Disneylândia, Kim Jong-nam afirmou em uma entrevista que nunca pretendeu ser o líder da Coreia do Norte e também disse ser contra o sistema de transferência dinástica de poder que o regime adota desde que era comandado pelo avô de Nam e fundador do país, Kim Il-sung.
4.São verdadeiros os relatos de expurgos de opositores ou integrantes do governo feitos por Kim Jong-un?
Os expurgos ocorrem com frequência, embora muitas das versões e detalhes que se espalham sejam exagerados. Houve casos exemplares, como a história falsa da execução de Jang Song-thaek, tio do atual líder norte-coreano. Ele teria sido fuzilado e seu corpo jogado para “120 cães famintos”. Jang – que seria, segundo relatos, próximo de Kim Jong-nam quando ele ainda estava em Pyongyang – foi de fato executado, mas a história dos cães nunca se confirmou.