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Por que o premiê irlandês vai aos EUA no dia de São Patrício?

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Por Luiz Raatz
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O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, não passou o dia 17 de março em Dublin, ou em qualquer outra cidade de seu país. Assim como muitos que o precederam, o premiê foi a Washington se reunir com o presidente Barack Obama e seu vice, Joseph Biden.

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Segundo a revista Foreign Policy, a visita anual é uma tradição, ainda que não das mais velhas. Em 1937, Franklyn Delano Roosevelt fez um discurso no rádio para celebrar o dia do patrono da Irlanda, país do qual descendem muitos americanos. Em 1969, Richard Nixon recebeu o embaixador irlandês no dia de São Patrício na Casa Branca. 

Durante os anos 70 e 80, no auge do confronto entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte, líderes de Dublin começaram a recorrer aos EUA. Em 1976, o primeiro-ministro Liam Cosgrave pediu a uma sessão conjunta do Congresso um esforço pela paz. Cinco anos mais tarde, o presidente Ronald Reagan almoçou na embaixada irlandesa no dia de São Patrício.

As visitas se tornaram fixas apenas durante o mandato de Bill Clinton, um presidente que se esforçou pessoalmente no acordo entre protestantes e católicos na Irlanda do Norte, o chamado pacto da sexta-feira Santa, em 1998. A primeira delas aconteceu em 1995, quando Clinton recebeu o premiê John Bruton, ao lado de Gerry Adams, do Sinn Fein, e o unionista Gary McMichael. 

Desde então, os primeiros-ministros irlandeses continuam aceitando os convites. Segundo o 'Irish Times', trata-se de uma rara oportunidade na qual o líder do país mais poderoso do mundo devota sua atenção a um dos menores países da Europa.

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Foto: Charles Dharapak/AP

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