Venezuela faz protesto na Guatemala. Foto: Saul Martinez/Reuters
6 de dezembro de 2015 A oposição conquista 112 das 167 cadeiras na Assembleia Nacional e assume o controle do Congresso no mês seguinte.
15 de janeiro Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias, o que permite ao governo assumir o controle de empresas privadas, entre outras medidas. O recurso tem sido prorrogado desde então.
18 de fevereiro Maduro anuncia a elevação de 6.000% no preço da gasolina, que estava congelado há 20 anos, a desvalorização do bolívar e o aumento do salário mínimo.
1 de março O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) limita os poderes da Assembleia Nacional sobre os demais poderes: judiciário, eleitoral e cidadão.
8 de março A oposição lança duas iniciativas para tirar Maduro do poder: um referendo revogatório de mandato e a modificação da Constituição para reduzir seu mandato de 6 para 4 anos.
7 de abril A sexta-feira é declarada dia de descanso em todo o país para se enfrentar a crise energética provocada pela seca. A partir de 21 de abril, o fornecimento de energia é suspenso durante quatro horas diárias, por 40 dias, na maioria dos Estados do país.
26 de abril O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) autoriza a oposição a recolher as assinaturas necessárias (200 mil ou 1% do eleitorado) para ativar o pedido de referendo revogatório do mandato de Maduro.
27 de abril A jornada de trabalho é reduzida a três dias semanais para o serviço público para poupar energia. Nas escolas, as aulas são reduzidas a quatro dias por semana.
3 de maio A oposição entrega ao poder eleitoral 1,85 milhão de assinaturas a favor do referendo.
14 de maio Maduro decreta o estado de exceção diante das "ameaças externas" e antecipa a ampliação da medida até 2017. O presidente determina ainda a ocupação das fábricas "paralisadas pela burguesia" e a prisão de empresários acusados de "sabotar o país".
20 e 21 de maio Maduro organiza exercícios militares com mais de 500 mil homens, diante da ameaça de uma "intervenção estrangeira" para tirá-lo do poder.
8 de junho O poder eleitoral reconhece 1,3 milhão de assinaturas a favor do referendo, que deverão ser ratificadas pessoalmente.
13 de junho Maduro apresenta uma ação por "fraude" no recolhimento de assinaturas junto ao TSJ. Outros 8,6 mil recursos contra a consulta são apresentados pelo governo.
10 de julho Milhares de venezuelanos cruzam a fronteira para comprar comida e remédios na Colômbia.
13 de julho Maduro entrega aos militares o sistema de distribuição de alimentos, e ordena a intervenção nos cinco principais portos da Venezuela.
1º de agosto O CNE confirma 399.412 firmas recolhidas em junho. Para a oposição, é crucial que o referendo se realize antes do dia 10 de janeiro de 2017, para que possam ser convocadas novas eleições caso Maduro seja removido.
9 de agosto O poder eleitoral entrega um cronograma que torna quase impossível realizar o referendo em 2016. A última etapa antes da consulta, o recolhimento de quatro milhões de firmas (20% do eleitorado), ocorreria no fim de outubro.
1 de setembro Convocados pela oposição, milhares de venezuelanos ocupam as ruas na chamada "Tomada de Caracas", na maior mobilização dos últimos anos no país. Novos protestos são convocados para 7 e 14 de setembro.