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Quem é quem na disputa eleitoral peruana

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Por Redação Internacional
Atualização:
Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori Foto: AFP PHOTO/CRIS BOURONCLE

Keiko Fujimori

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Filha do ex-presidente Alberto Fujimori, tem 40 anos e foi primeira-dama durante o governo do pai, após o divórcio dele e de sua mãe, Susana Higuchi. Em sua segunda candidatura à presidência, se apresenta como moderada e tenta se distanciar do legado do fujimorismo, prometendo não indultar o ex-presidente.

Ao longo da campanha, viu-se obrigada a amenizar o discurso, buscando posições mais próximas ao centro político.

Em virtude dos temores envolvendo uma possível libertação do ex-presidente, Ela chegou a assinar um documento no qual se compromete com o "respeito irrestrito à ordem democrática e aos direitos humanos. Além disso, afirmou que lutará de maneira drástica contra a corrupção, respeitará a independência entre os poderes e não usará o cargo para beneficiar nenhum parente.

Nas eleições de 2011, Keiko chegou ao segundo turno, mas foi derrotada pelo nacionalista Ollanta Humala, numa coalizão que abrigou o centro e a esquerda do Peru, em uma tentativa de evitar o retorno do fujimorismo ao poder depois de 11 anos da queda de seu expoente máximo.

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Candidato à presidência peruana Pedro PabloKuczynski fala em debate em Lima Foto: REUTERS/Mariana Bazo

Pedro Pablo Kuczynski

Economista educado no exterior, com passagens pelo Banco Mundial, Pedro Pablo Kuczynski, conhecido no país pelo acrônimo PPK, tenta pela segunda vez chegar à presidência do Peru. Participou das eleições de 2011, mas ficou longe do segundo turno. É apoiado pelo Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa e por grande parte do establishment do país, acostumado com o manejo heterodoxo da economia e com o crescimento com base na exploração de minérios como o cobre e o ouro.

O grande desafio do candidato é manter as conquistas econômicas dos últimos anos diante de um cenário de queda nas receitas das exportações.

A briga de Kuczynski é chegar ao segundo turno, onde provavelmente deve contar com mais apoio para derrotar Keiko Fujimori que sua rival direta, a deputada Verónika Mendoza.

O economista tem mais apelo junto à classe média liberal e partes dos setores mais elitizados da sociedade, porém tem mais dificuldades de conseguir votos entre os peruanos mais humildes.

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A candidata Veronika Mendoza, segunda colocada nas pesquisas, participa de debate em Lima Foto: REUTERS/Mariana Bazo

Verónika Mendoza

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Deputada ganhou a atenção da esquerda depois que o Partido Nacionalista, do presidente Ollanta Humala, retirou sua candidatura. Promete endurecer regras ambientais e taxar as empresas que exploram jazidas de cobre no país.

Outra proposta polêmica de Mendoza é a realização de uma Constituinte para refazer a Carta do país, nos moldes de projetos que tiveram sucesso na década passada na Venezuela, no Equador e na Bolívia.

Diferentemente do que ocorreu com Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, no entanto, Verónika tem contra si o mau momento da economia peruana e a tradição histórica do país de pouco respaldo a projetos ortodoxos.

Mesmo candidatos que chegaram à presidência com propostas alternativas ao livre mercado, como Alejandro Toledo e Ollanta Humala, no poder, governaram pelo centro e mantiveram a política econômica de controle da inflação e ajuste fiscal.

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A deputada ganhou espaço depois que o Partido Nacionalista, de Humala, desistiu de apresentar um candidato na disputa.

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