
22 de maio de 2012 | 20h19
"O réu cometeu um 'crime de violência' contra a autora da ação por ela ser mulher e, ao menos em parte, porque ele tem um ânimo contra mulheres", diz a nova versão da ação, protocolada em um tribunal do Bronx, onde vive a camareira Nafissatou Diallo.
A nova acusação permite que a defesa use alusões ao passado sexual do político francês, o que às vezes é considerado inadmissível e irrelevante se não tiver ligação direta com as intenções do réu.
"Como um dos elementos da prova desta acusação é mostrar que a intenção da agressão se baseou no gênero, será muito mais fácil para nós introduzirmos outros atos sexuais não-consensuais para mostrar que Strauss-Kahn os cometeu contra mulheres por causa do seu gênero", disse Douglas Wigdor, um dos advogados da acusadora.
Os advogados de Strauss-Kahn não comentaram a notícia.
Em maio de 2011, Strauss-Kahn foi preso quando se preparava para deixar Nova York, depois de ser acusado pela camareira de obrigá-la a fazer sexo oral. O processo criminal foi arquivado por causa de dúvidas sobre a credibilidade de Diallo, mas a ação civil prossegue.
Depois desse incidente, que levou Strauss-Kahn a renunciar à chefia do Fundo Monetário Internacional e desistir de disputar a Presidência da França, o nome do político apareceu vinculado a outros escândalos sexuais no seu país.
(Reportagem de Joseph Ax)
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