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Americano preso na Coreia do Norte chega aos EUA

Libertação de Aijalon Gomes foi intermediada pelo ex-presidente Jimmy Carter

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Por Redação
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BOSTON - O americano Aijalon Gomes, que ficou por sete meses preso na Coreia do Norte, chegou nesta sexta-feira, 27, a Boston, nos EUA. Ele foi libertado com a ajuda do ex-presidente Jimmy Carter. O avião com Carter e Gomes pousou nesta tarde no aeroporto de Landon. O ex-prisioneiro estava magro. Ele abraçou o ex-presidente e a mãe, antes de seus amigos e familiares se reunirem em torno dele. Ainda não está claro por que o americano entrou na Coreia do Norte. Ele ensinava inglês em uma escola na Coreia do Sul. Ele tinha sido condenado a oito anos de trabalho forçado por entrar ilegalmente no país.

Segundo a KCNA, agência oficial do governo norte-coreano, ele foi perdoado pelo líder Kim Jong-il a pedido de Carter. Negociações Segundo a agência, as autoridades norte-coreanas relataram a Carter o desejo do país de retomar as negociações internacionais sobre seu programa nuclear. As negociações de seis partes, envolvendo também EUA, Coreia do Sul, Japão, Rússia e China, estão paradas por impasse há vários meses.O vice-premiê norte-coreano, Kim Yong-nam, "expressou o compromisso da República para desnuclearizar a península coreana e retomar as negociações de seis partes", de acordo com o relato da KCNA. A visita de Carter acontece em meio ao aumento da tensão entre a Coreia do Norte e o resto do mundo após o afundamento de um navio sul-coreano, em março. Investigadores internacionais dizem que um torpedo norte-coreano afundou o navio Cheonan, provocando a morte de 46 marinheiros sul-coreanos. Desde então, os EUA e a Coreia do Sul têm realizado uma série de exercícios militares conjuntos, provocando reações inflamadas das autoridades norte-coreanas. A Coreia do Sul se recusa a voltar às negociações de seis partes se a Coreia do Norte não se desculpar pelo afundamento do navio, mas as autoridades norte-coreanas negam envolvimento com o incidente. Apesar disso, a Coreia do Norte vem sofrendo pressões da China, seu principal aliado, para retomar as negociações.Com AP e BBC Brasil

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