Americanos organizam marcha na ponte do Brooklyn, em Nova York.
PHOENIX - Manifestantes saíram às ruas de várias cidades do Arizona para protestar contra a lei de imigração que passou a vigorar nesta quinta-feira, 28, mesmo com os cortes promovidos por uma juíza ao texto original da legislação. As informações são da agência AFP.
Grupos defensores dos direitos civis pediram às escolas públicas, à população, aos governos das cidades e à polícia local a não cumprirem a lei. Manifestantes se reuniram no próprio Arizona e em outros Estados e cidades, como Nova York. Eles sustentam que a lei trará a discriminação racial como resultado.
A juíza Susan Bolton suspendeu um artigo da lei que obriga os imigrantes a portar seus documentos o tempo todo e outro que tornava ilegal a solicitação de emprego em órgãos públicos por imigrantes ilegais. Mesmo assim, a medida ainda é motivo de discussões, já que é considerada a mais severa norma de imigração dos EUA.
A governadora do Estado, Jan Brewer, disse na quarta-feira, que o Arizona tentaria reverter a decisão sobre a chamada lei SB1070. A decisão, segundo Jan, "é um baque". "Vamos avançar, estou segura de que vamos apelar depois de consultar nosso advogados. Sabemos que a imigração é responsabilidade das autoridades federais, mas elas não estão fazendo seu trabalho", disparou a governante.
A lei foi aprovada no Arizona em abril e reacendeu o debate nacional sobre a imigração. A medida já inspirou leis semelhantes em outras regiões, motivou um boicote ao Estado fronteiriço com o México e levou milhares de imigrantes ilegais a deixá-lo.
Estima-se que 460 mil dos 11 milhões dos imigrantes ilegais dos EUA vivam no Arizona. A maioria dos estrangeiros sem documentos em território americano tem origem latina.