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Anistia Internacional pede fim da pena de morte nos EUA

Atualização:

A entidade Anistia Internacional fez nesta sexta-feira um apelo para que os EUA abandonem a pena de morte, o que serviria de exemplo para outros países que adotam a prática. A Anistia disse que os Estados Unidos foram o único país das Américas a executarem condenados em 2009. "Uma clara maioria dos países rejeita a pena de morte. Como podem os EUA reivindicarem a liderança nos direitos humanos se ainda cometem assassinatos judiciais?", disse Widney Brown, diretora-sênior de Políticas e Direito Internacional da entidade. "A pena de morte é cruel, degradante, ineficaz e inteiramente incompatível com qualquer conceito de dignidade humana. Seu uso nos EUA está marcado pela arbitrariedade, a discriminação e o erro", afirmou. Ativistas escolheram o próximo domingo como "Dia Mundial Contra a Pena de Morte". Embora o apelo da Anistia nesta semana enfatize os EUA, o grupo afirmou que a China continua executando anualmente mais réus do que todos os outros países do mundo somados. De acordo com a Anistia, homicídios envolvendo vítimas brancas nos EUA têm mais chances de resultarem em sentenças de morte do que quando a vítima é negra. Três Estados - Texas, Virginia e Oklahoma - realizam mais de metade das execuções nos EUA. "Raça, geografia, política eleitoral, finanças locais, composição dos júris e a qualidade da representação jurídica são todos fatores problemáticos nos casos da pena capital nos EUA. Ser julgado por um crime capital é como participar de uma loteria letal, e isso não deveria ter lugar em qualquer sistema judicial", afirmou Brown.

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