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Aprovação da reforma de saúde no Congresso seria algo histórico, diz Obama

Projeto, a prioridade doméstica do presidente, vai à votação neste domingo

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira, 19, que o Congresso tem a chance de "fazer algo histórico" e encerrar uma "batalha que dura um século", caso aprove a reforma no sistema de saúde do país, a ser votada no domingo.

 

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"Eu sei que esta será uma votação difícil", notou Obama, em declarações antecipadas, que ele deverá ler na Universidade George Mason, em Fairfax, Virgínia. "Eu sei que Washington tem tratado esse debate como um esporte."

A Câmara Dos Representantes deve votar no domingo o projeto de reforma no sistema de saúde, com custo estimado em US$ 940 bilhões. Os democratas ainda buscam assegurar o apoio suficiente para garantir a aprovação.

 

Obama tem feito nesta semana lobby com democratas indecisos para que apoiem a medida. Ele disse ainda não ter certeza sobre qual impacto político da legislação - que recebe a oposição de todo o Partido Republicano. Obama cancelou uma viagem planejada para a Austrália e a Indonésia, a fim de permanecer em Washington e concluir o debate sobre a reforma na saúde.

 

"Eu vou confessar que não sei como isso agirá politicamente. Ninguém na verdade sabe", reconheceu ele. "Mas o que de fato sei é o que isso significará para o futuro da América. Eu não sei qual será o impacto da reforma em nossos números de pesquisas eleitorais. Mas sei o impacto que isso terá sobre milhões de americanos que precisam de nossa ajuda", argumentou.

 

Obama criticou as próprias empresas de planos de saúde, dizendo que elas tentam prejudicar a imagem de seus planos. "Se esse processo não ocorrer, a indústria de seguros continuará desregulada. É por isso que eles estão investindo milhões em propagandas negativas e estão fazendo de tudo para acabar com esse programa", disse.

 

Obama fez da reforma no sistema de saúde nos EUA sua prioridade doméstica durante o primeiro ano de mandato. Há meses o presidente tenta fazer com que o plano passe pelo Congresso do país. Os textos da Câmara e do Senado foram revistos em apenas um documento que ainda foi modificado por exigência dos republicanos e agora precisa do respaldo no legislativo.

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