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Ativistas pró-imigrantes acusam polícia de fronteira dos EUA de abuso infantil

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Ativistas pró-imigrantes entraram com uma ação no governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira alegando que mais de 100 crianças imigrantes desacompanhadas sofreram abusos sistemáticos de agentes da Proteção de Fronteiras e Alfândegas do país. A ação, dirigida ao Departamento de Segurança Interna por uma coalizão de grupos, afirma que 116 jovens sofreram abusos sexuais e espancamentos, não receberam tratamento médico nem água e alimentação suficientes. O processo vem à tona em meio a um aumento no número de crianças que tentam entrar nos EUA vindas principalmente de países da América Central na esperança de se reunir a parentes que já estão no país. De acordo com a queixa, as supostas violações aconteceram no Texas e no Arizona, e a idade dos jovens varia entre cinco e 17 anos, sendo a maioria deles oriunda da América Central e do México. “Depois de completar uma viagem perigosa até os EUA, muitos são sujeitos a várias formas de abuso, assédio e outros danos nas mãos da polícia de fronteira”, afirma a ação. “As crianças relataram ter ficado detidas em celas insalubres, superlotadas e gélidas”. O porta-voz da Proteção de Fronteiras e Alfândegas, Michael Friel, disse que maus tratos e má conduta não são tolerados e que as autoridades fizeram mais que o exigido para garantir as necessidades de crianças imigrantes desacompanhadas. “Em face do número alarmante de crianças desacompanhadas cruzando a fronteira no sul do Texas, os agentes da polícia de fronteira adotaram medidas extraordinárias para cuidar destas crianças enquanto estão sob custódia e para manter a segurança em instalações superlotadas”, declarou Friel. O processo foi iniciado dois dias depois de o governo designar uma terceira base militar como alojamento emergencial para crianças imigrantes ilegais. Os grupos pró-imigrantes que entraram com a ação pressionam por uma reforma política para proporcionar aos estimados 11 milhões de imigrantes sem documentos no país uma maneira de adquirir a cidadania norte-americana. Shawn Moran, vice-presidente do Conselho da Polícia Nacional de Fronteira, que representa 17 mil agentes e funcionários, afirmou que “a grande maioria destas alegações se mostra infundada, ou uma tentativa pouco sutil de atrasar processos”.

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