
05 de maio de 2012 | 13h35
O réu confesso Khalid Sheikh Mohammed, que planejou os ataques, se recusou a responder as perguntas do juiz sobre se estava satisfeito com os advogados e militares dos Estados Unidos.
"Eu acredito que o sr. Mohammed se recusará a enfrentar o tribunal. Eu acredito que ele está profundamente preocupado com a justiça do processo", disse seu advogado civil, David Nevin.
Mohammed parecia abatido e sua barba tinha um tom avermelhado. Ele usava um turbante branco redondo e túnica branca.
O réu Ramzi Binalshibh se levantou, ajoelhou no chão e rezou no tribunal vigiado por uma fila de guardas em uniformes camuflados, mas não interferiu.
Já o réu Walid bin Attash foi firmemente amarrado em uma cadeira de restrição após se recusar a comparecer ao tribunal voluntariamente. O juiz o libertou depois que ele prometeu se comportar dentro do tribunal.
Quando todos os réus se recusaram a usar os fones de ouvido que lhes permitiam ouvir a tradução de inglês para árabe das perguntas, o juiz interrompeu a audiência rapidamente e, em seguida, retomou com um intérprete fornecendo tradução que era audível por todo o tribunal.
Mohammed e os demais réus, que podem ser submetidos à pena de morte, enfrentam sete acusações decorrentes dos ataques em 2001, que mataram 2.976 pessoas em Nova York, Washington e Pensilvânia, e levaram os EUA a iniciar uma mortal e custosa guerra global ainda em curso contra a Al Qaeda e seus simpatizantes.
A última aparição dos réus no tribunal havia sido em dezembro de 2008, quando Mohammed se confessou culpado.
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