
10 de novembro de 2009 | 19h53
Participando de uma cerimônia em memória das vítimas, Obama lembrou que os norte-americanos atravessam "tempos desafiadores" ao travar guerras no Iraque e no Afeganistão, mas que nada justifica essa tragédia "incompreensível", cuja autoria foi atribuída a um psiquiatra muçulmano do Exército norte-americano.
"Nenhuma fé justifica esses atos homicidas e covardes. Nenhum Deus justo e amoroso os vê com beneplácito", disse Obama a 1.500 pessoas, a maioria soldados, numa área de desfiles em frente ao quartel Ford Hood.
"E, pelo que ele fez, sabemos que o assassino defrontará a justiça - neste mundo e no próximo", acrescentou.
Há especulações de que as autoridades não teriam notado sinais de alerta a respeito do major Nidal Malik Hasan, que passou vários anos aconselhando soldados gravemente feridos. Ele seria enviado em breve ao Afeganistão.
Parentes disseram que Hasan, de ascendência palestina, queria deixar o Exército para não ter de ir ao Afeganistão, e que teria sido intimidado por colegas por causa da sua religião.
As guerras do Iraque e do Afeganistão estimularam o antiamericanismo entre muitos muçulmanos do mundo.
Agências de inteligência descobriram que Hasan tinha contatos com um militante islâmico simpático à Al Qaeda, e transmitiram essas informações a autoridades antes que ele supostamente cometesse a chacina, disseram autoridades na segunda-feira.
Mas as autoridades federais não tomaram nenhuma medida contra Hasan, e consideraram que as informações não prenunciavam o ataque nem indicavam que ele estivesse agindo por ordens do clérigo radical islâmico Anwar al-Awlaki, do Iêmen.
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