Washington - O suposto autor do tiroteio do sábado, 27, em uma sinagoga na cidade de Poway, na Califórnia, deixou um manifesto antissemita escrito nas redes sociais e reconheceu ter se inspirado no massacre cometido no dia 15 de março na Nova Zelândia.
Em entrevista coletiva, o xerife da cidade, William Gore, confirmou a identidade do suposto autor do tiroteio como John Earnest, um jovem de raça branca de 19 anos que portava uma espingarda AR-15.
O prefeito de Poway, Steve Vaus, disse que tudo indica um crime de ódio, tendo em vista as declarações do autor do tiroteio ao entrar na sinagoga, que resultou em uma morte e três pessoas feridas.
Gore afirmou que tinham localizado uma "carta aberta" assinada por uma pessoa de mesmo nome na qual reconhecia seu ódio aos judeus e prometia defender sua raça europeia.
Além disso, explicava que tomou a decisão de realizar o ato na sinagoga após saber sobre o massacre da Nova Zelândia do mês passado, na qual 50 pessoas foram mortas e outras 50 feridas quando um supremacista branco abriu fogo contra as pessoas presentes em duas mesquitas.
O presidente americano, Donald Trump, ressaltou em um ato eleitoral em Wisconsin que "esta noite, o coração dos Estados Unidos está com as vítimas do horroroso tiroteio de Poway".
"A nação inteira chora a perda de vida, e reza pelos feridos, e está de pé em solidariedade com a comunidade judaica. Condenamos com contundência o mal do antissemitismo e o ódio, que deve ser derrotado", afirmou Trump.
Poway é uma pequena cidade do sul da Califórnia, de apenas 50 mil habitantes, que fica 30 quilômetros ao norte de San Diego.
No ano passado, um homem invadiu uma sinagoga de Pittsburgh e abriu fogo contra os presentes, deixando 11 mortos.
Este foi o maior ataque à comunidade judaica na história recente dos Estados Unidos.