NOVA YORK- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,lamentou nesta sexta-feira, 17, o vazamento de milhares de documentos confidenciais americanos pelo site Wikileaks.
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O máximo responsável da ONU afirmou que deve haver "um equilíbrio justo" entre o direito à informação dos cidadãos e o "necessário exercício confidencial da diplomacia".
"É lamentável que esses documentos secretos tenham sido vazados. Mas qualquer que seja a motivação de quem os vazam, o certo é que dificultará o exercício normal e razoável de nosso trabalho, principalmente no mundo diplomático", declarou Ban a jornalistas.
Um dos documentos vazados pelo Wikileaks inclui instruções do Departamento de Estado americano para que sua missão na ONU recolha informações pessoais dos funcionários do órgão mundial, como números de cartões de crédito e dados sobre Ban.
Sobre esse assunto, Ban não se disse afetado pelos interesses da diplomacia dos EUA, mas pediu respeito ao cargo que ostenta. "Sou bastante transparente, mas deve haver uma maneira decente e responsável de respeitar a privacidade e confidencialidade de meu trabalho como secretário geral".
Após a divulgação do documento há quase três semanas, a ONU recordou que a Carta das Nações Unidas, o Convênio de Sede e a Convenção das Nações Unidas outorgam privilégios e imunidade ao organismo.
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