'Boston Globe' firma acordo com 6 sindicatos; reuniões seguem

Maior união de funcionários não aceita plano para salvar jornal da falência, mas negociações continuarão

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Por AP e Reuters
Atualização:

O jornal Boston Globe e seu maior sindicato de funcionários, o Guild, acabaram sem acordo nesta segunda-feira, 4, após uma madrugada inteira de reuniões, mas devem voltar a negociar em breve. O grupo New York Times, proprietário do diário, ainda anunciou que outras seis uniões de trabalhadores aceitaram o plano de redução de gastos de US$ 20 milhões proposto para salvar a empresa da falência.

 

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O maior ponto de desavenças foi sobre a garantia de empregos que o Guild busca e a diretoria de empresa não quer firmar. O sindicato disse que propôs uma plano de corte de gastos anuais avaliado em US$ 10 milhões, porque as demandas do grupo New York Times exigem "sacrifícios tremendos", mas outras reuniões devem acontecer "em breve". O Guild representa mais de 700 funcionários, entre eles os profissionais da redação.

 

O New York Times disse que notificaria o governo dos EUA sobre o fechamento do jornal nesta segunda-feira, caso os sindicatos não aceitassem o plano de reestruturação. A companhia impôs um prazo até o final da noite de domingo a quatro sindicatos para a obtenção de um acordo. O prazo anteriormente se encerrava na sexta-feira, mas foi prorrogado depois que as negociações avançaram no sábado.

 

O Globe, criado há 137 anos, é um dos principais veículos noticiosos para os consumidores da Nova Inglaterra. O jornal é o 17.º maior dos Estados Unidos em termos de circulação diária paga, de acordo com o Audit Bureau of Circulations dos EUA. Aos domingos, um dia que muitos norte-americanos dedicam à leitura de jornais, ele ocupa o 13.º posto.

 

O grupo New York Times, que comprou o Globe em 1993 por US$ 1,1 bilhão, afirmou que de todas as suas empresas jornalísticas, o jornal de Boston foi o mais afetado pela crise econômica e perdeu drasticamente o número de anunciantes. Em 2008, o Globe registrou prejuízo de US$ 50 milhões, e deve perder mais US$ 85 milhões neste ano, segundo projeções.

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