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Bush defende política antiterrorista de seu governo

Ex-presidente americano diz que informações impediram novos atentados nos Estados Unidos

Por Efe
Atualização:

O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush defendeu, nesta sexta-feira, 29, sua política antiterrorista e afirmou que o plano de seu governo de intensificar os interrogatórios foi legal e obteve informações que impediram futuros atentados. "Tomei essa decisão para obter informações dentro da lei, e digo que cumpri com meu dever de proteger o povo dos EUA. Essas informações salvaram vidas", assinalou Bush, no estado de Michigan, em sua aparição mais importante desde que saiu da Casa Branca. As técnicas de interrogatório postas em prática por seu governo após os atentados de 11 de Setembro foram consideradas como tortura. Embora em termos menos enérgicos, o discurso de Bush se manteve na linha manifestada por seu vice-presidente Dick Cheney, que afirmou na semana passada que as medidas adotadas por Barack Obama colocam em risco a segurança dos americanos. Cheney se referiu especialmente à decisão anunciada em janeiro por Obama de fechar o centro de detenção de Guantánamo no prazo de um ano. Guantánamo abriga cerca de 240 supostos terroristas, a maioria capturados no Iraque e Afeganistão. Em seu discurso para aproximadamente 2.500 membros do Clube Econômico do Sudoeste de Michigan, Bush assinalou que não tinha nenhuma intenção de criticar as políticas de Obama. "Nada do que eu diga tem como objetivo criticar meu sucessor", frisou. "Muita gente gosta de opinar, e tenho experiência própria sobre isso. Não gostava quando ex-presidentes me criticavam. Por isso, não vou criticar meu sucessor. Desejo-lhe o melhor", assinalou.

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