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Bush pede ao Congresso que espere relatório sobre o Iraque

Por TABASSUM ZAKARIA
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sob pressão dos democratas para começar a retirar as tropas norte-americanas do Iraque, pediu nesta sexta-feira ao Congresso que espere um importante relatório sobre sua estratégia antes de qualquer decisão sobre a guerra. "As apostas no Iraque são altas demais e as consequências são graves demais para a nossa segurança aqui dentro para permitir que a política prejudique a missão dos nossos homens e mulheres fardados", disse Bush em nota após visita a militares no Pentágono. A estratégia adotada neste ano por Bush, que enviou milhares de soldados adicionais para tentar controlar Bagdá e a província de Anbar, será o principal assunto do Congresso após o fim do recesso de verão, quando os parlamentares devem ter acesso a vários relatórios e audiências sobre o tema. O mais importante será a avaliação do general David Petraeus, comandante dos EUA no Iraque, e do embaixador em Bagdá, Ryan Crocker, que vão depor no dia 10 em uma sessão conjunta das comissões de Serviços Armados e Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. A Casa Branca tem até 15 de setembro para apresentar um relatório a respeito dos progressos políticos e militares no Iraque. Esse texto pode ser decisivo para a permanência ou retirada das tropas. "Este relatório de status chega menos de três meses depois de nossa nova estratégia se tornar plenamente operacional, e vai avaliar o que está indo bem, o que pode ser melhorado e quais ajustes podem ser feitos nos próximos meses", disse. "O Congresso solicitou essa avaliação, e os membros do Congresso devem reservar seu julgamento até que a tenham escutado." Alguns democratas já propuseram que o primeiro-ministro do Iraque, Nuri Al Maliki, seja substituído, e devem renovar os apelos pela retirada das forças norte-americanas, já que os relatórios provavelmente mostrarão demora para os progressos políticos. "O aumento (de tropas ordenado) pelo presidente fracassou, e não há final à vista para a guerra do Iraque. Isto é o que aprendi em minha visita no verão (do Hemisfério Norte) àquele país devastado", disse o deputado democrata Jan Schakowsky no programa semanal de rádio do partido, que vai ao ar no sábado. REUTERS MS

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