Campanha por não-violência marca 45 anos da morte de Luther King

Para filha do ativista, jovens têm 'liderança a desempenhar na criação de uma sociedade não violenta'

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ATLANTA - O 45º. aniversário da morte do ativista Martin Luther King será lembrado nesta quinta-feira, 4, com o lançamento de uma campanha contra a violência juvenil na cidade dele, Atlanta, e com uma passeata sindical no lugar onde ele foi assassinado. O Centro King, em Atlanta, disse que homenageará seu patrono com uma campanha chamada "Os 50 Dias de Não-Violência", desafiando os jovens a se absterem da violência no que resta do ano letivo nos EUA. "Como disse meu pai, ‘a escolha não é mais entre a violência e a não violência. É a não violência ou a não existência'", disse Bernice King, filha do pastor e executiva-chefe do Centro King. "Acreditamos que os jovens tenham uma liderança a desempenhar na criação de uma sociedade não violenta." Bernice King fará um discurso em frente à ONG na quinta-feira, às 19h01 (20h01 em Brasília), momento exato em que o ativista dos direitos civis foi morto, em 4 de abril de 1968, na localidade de Memphis, no Tennessee. Uma coroa de flores será depositada em frente à Igreja Batista Ebenezer, em Atlanta, onde King pregou, e no mesmo lugar onde outra coroa foi deixada no dia seguinte à sua morte. King, um defensor da não violência, da irmandade racial e dos direitos iguais, tornou-se mundialmente famoso depois de liderar o boicote aos ônibus de Montgomery, que começou em dezembro de 1955. Ele ganharia o Nobel da Paz de 1964. Em 1968, ele viajou a Memphis para apoiar uma greve de funcionários do serviço de saneamento. Foi baleado e morto na sacada do seu quarto no hotel Lorraine. Tinha 39 anos.

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