24 de agosto de 2010 | 15h50
Um juiz distrital norte-americano emitiu uma injunção na segunda-feira dizendo que os médicos que contestassem a diretriz seriam, provavelmente, bem-sucedidos porque a lei norte-americana bloqueava todo financiamento federal a pesquisas com células-tronco embrionárias.
"Estamos explorando todas as vias possíveis para garantir que essas pesquisas, essenciais para salvar vidas, sejam feitas", disse o secretário-adjunto de imprensa da Casa Branca, Bill Burton, numa entrevista coletiva em Massachusetts, onde o presidente Barack Obama passa suas férias.
"O presidente disse muito claramente quando expôs sua diretriz para as células-tronco que se trata de pesquisas importantes, que potencialmente podem salvar vidas e têm um impacto sobre milhões de americanos e pessoas ao redor do mundo. Ele acredita que precisamos fazer pesquisas. Ele determinou diretrizes éticas rigorosas e acredita que sua política é a correta", acrescentou Burton.
O governo Obama poderá recorrer da decisão do juiz ou reescrever as diretrizes para seguir a lei norte-americana.
Quando questionado sobre opções mais específicas, Burton afirmou: "Estamos revendo todas as possibilidades."
A ação contra o Instituto Nacional de Saúde argumenta que a política do governo viola a lei norte-americana e retira fundos dos pesquisadores que buscam trabalhar com células-tronco adultas.
Em 2001, o então presidente George W. Bush afirmou que permitira apenas que o dinheiro com pesquisa federal pagasse trabalhos usando algumas linhagens desse tipo de célula, capaz de gerar todos os tecidos e células no corpo humano.
Obama reverteu, em 2009, a determinação de Bush com uma ordem executiva.
Burton afirmou ainda que a injunção poderá paralisar também a pesquisa autorizada pelo governo Bush.
A decisão afeta apenas a pesquisa com fundos federais, e não as pesquisas privadas.
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