O ministro das Relações Exteriores do governo interino de Honduras afirmou ter enviado uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo desculpas pelo tom racista de recentes declarações dirigidas ao líder norte-americano.
Veja também:
Zelaya e Micheletti aceitam primeira reunião na Costa Rica
Lula pede resposta dura contra golpe de Estado
Podcast: Gustavo Chacra fala sobre as negociações
Fotos: Galeria com imagens de protestos em Honduras
Entenda a origem da crise política em Honduras
Perfil: Eleito pela direita, Zelaya fez governo à esquerda
Entrevista dos golspitas: realismo fantástico
Ficha técnica: Honduras, um país pobre e dependente dos EUA
Enrique Ortez, chanceler do governo que assumiu o poder por meio de um golpe militar no fim de maio, fez seu "mais profundo pedido de desculpas" a Obama "pelas declarações infelizes". Numa recente entrevista de televisão, Ortez disse que Obama "é um negrinho que não sabe onde fica Tegucigalpa".
Ortez leu a carta a jornalistas na noite de terça-feira. O chanceler do governo interino leu ainda uma declaração em espanhol do embaixador norte-americano Hugo Llorens na qual o diplomata manifesta sua indignação com o comentário. "Estes comentários são profundamente degradantes para o povo americano e para mim. Estou assustado e condeno fortemente estas palavras", disse o embaixador em nota à imprensa.
"Expresso minha profunda indignação em relação aos infelizes comentários desrespeitosos e racialmente insensíveis do senhor Enrique Ortez Colindres sobre o presidente Barack Obama", apontou Llorens em sua breve declaração, sem mencionar as palavras do chanceler hondurenho.