19 de março de 2009 | 19h56
Falando à Comissão de Serviços Armados do Senado dos EUA em meio aos preparativos norte-coreanos para aquilo que Pyongyang diz ser o lançamento de um satélite, no começo de abril, o comandante Timothy Keating e outros oficiais de alta patente salientaram as capacidades norte-americanas, mas sem revelar intenções.
"Temos uma alta probabilidade", disse o almirante Keating, quando questionado por senadores sobre se as forças dos EUA interceptariam um míssil da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte diz que pretende lançar um satélite de comunicações entre 4 e 8 de abril, e afirma ter o direito a um programa espacial pacífico. Os EUA e seus aliados, no entanto, entendem que se trata de um teste disfarçado do míssil Taeopodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca.
Pyongyang diz que interpretará o eventual abate do foguete como uma declaração de guerra, e analistas dizem que de fato Washington não deve tomar tal decisão.
O brigadeiro Kevin Chilton, chefe do Comando Estratégico dos EUA, afirmou que a defesa antimísseis que os EUA têm testado e parcialmente implementado na última década está "à frente das capacidades norte-coreanas".
"Nas capacidades de mobilização limitadas que temos hoje para o sistema, ele é adequado para nos defender contra o que acreditamos que os norte-coreanos potencialmente poderiam apresentar como ameaça hoje", afirmou.
"Mesmo que haja um lançamento de satélite nisso, como os norte-coreanos acabam de dizer que será, isso ajudará a tecnologia de mísseis de longo alcance", ressalvou Chilton.
A agência japonesa de notícias Kyodo disse na quarta-feira que Tóquio está preparando o lançamento de interceptadores de mísseis balísticos. A Coreia do Norte surpreendeu o Japão em 1998 ao lançar um foguete que voou sobre o arquipélago antes de cair no Pacífico.
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