27 de janeiro de 2009 | 04h20
O presidente da Comissão Judicial da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Conyers, emitiu nesta segunda-feira, 26, uma citação judicial contra o ex-assessor político da Casa Branca Karl Rove, pedindo que ele deponha sobre a demissão de nove promotores em 2006. Conyers espera que com a citação judicial, que sempre encontrou resistência da Casa Branca, seja possível obter o depoimento de Rove sobre a demissão de promotores. A medida gerou polêmica na época por uma suposta politização do Departamento de Justiça durante o governo George W. Bush. "Disse em muitas ocasiões que levarei essa investigação até suas últimas consequências, seja no Congresso ou em um tribunal, e a ação é um passo importante nessa direção", disse Conyers em comunicado. "A mudança chegou a Washington e espero que Karl Rove esteja pronto para isto. Após dois anos de obstáculos, é hora de ele começar a falar", argumentou Conyers. A citação judicial obriga Rove a se apresentar perante o Congresso em 2 de fevereiro para esclarecer a demissão de promotores - que segundo os democratas teve motivações políticas - e também a abertura de processo judicial contra o ex-governador do Alabama Don Siegelman. Democrata, Siegelman foi condenado por extorsão e sentenciado a mais de sete anos de prisão, mas sempre alegou que seu processo se deveu a esforços de vários republicanos, incluindo Rove, braço direito de Bush. Siegelman saiu da prisão antes de completar sua sentença devido à intervenção de um tribunal de apelações. Rove, em particular, se negou a obedecer uma citação judicial emitida anteriormente por Conyers ao insistir que o Congresso não podia obrigar os ex-assessores presidenciais a dar testemunho. O ex-presidente Bush sempre defendeu que nem Rove nem seus outros assessores de alto categoria tinham a obrigação de depor perante o Congresso sobre suas ações na Casa Branca.
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