Congresso dos Estados Unidos dá sinal verde para mais sanções ao Irã

Medida proíbe exportações de petróleo refinado ao país e impõe sanções a empresas iranianas

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Por Reuters e Efe
Atualização:

WASHINGTON- O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 24, novas sanções unilaterais aos setores de energia e de bancos do Irã, que também proíbem empresas de outros países de fazer negócios com Teerã.

 

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A medida, aprovada na Câmara dos Representantes por 408 votos a favor e 8 contra, havia passado anteriormente no Senado por unanimidade e já foi enviada para a sanção do presidente Barack Obama.

 

Legisladores democratas e republicanos têm pressionado o endurecimento de restrições ao Irã por meses. A aprovação da medida, no entanto, foi adiada a pedido de Obama até que o Conselho de Segurança da ONU e a União Europeia concordassem com novas sanções multilaterais.

 

A iniciativa amplia as sanções aprovadas recentemente pelo CS da ONU e pela União Europeia, impedindo negócios que forneçam petróleo refinado ao Irã e deem apoio à Guarda Revolucionária ou ao programa nuclear do país.

 

O Irã, apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo, depende de importações de gasolina e de combustível de aviões porque possui uma grande deficiência em refinar petróleo.

 

A medida penaliza empresas que façam negócios com o setor energético do Irã - incluindo companhias estrangeiras que ofereçam ao país serviços de carga, financiamento e seguros - e também proíbe o acesso de bancos iranianos que tenham negócios com entidades em uma "lista negra" dos EUA ao sistema financeiro americano.

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Além de responsabilizar os bancos americanos pelas ações de suas subsidiárias no exterior, a proposta estabelece mecanismos para que os Estados e prefeituras possam negar contratos com empresas que ajudem a financiar, de forma direta ou indireta, o programa nuclear iraniano.

 

O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata John Kerry, disse que a aprovação da medida é um "passo firme e importante" para responder a um dos objetivos de segurança mais sério dos Estados Unidos e seus aliados.

 

"Um Irã com armas nucleares seria uma ameaça intolerável para nosso aliado, Israel, provocaria uma corrida armamentista na que já é uma das regiões mais perigosas do mundo e minaria nosso esforço global para impedir a propagação de armas nucleares", disse Kerry em um comunicado.

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