Curado do Ebola, médico de Nova York recebe alta de hospital

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Por SEBASTIEN MALO
Atualização:

Um médico que contraiu Ebola foi liberado de um hospital de Nova York nesta terça-feira após semanas de tratamento em isolamento e recebeu saudações dos nova-iorquinos no trajeto da prefeitura até o prédio no Harlem onde mora. A alta do médico Craig Spencer, de 33 anos, que cuidou de pacientes com Ebola em Guiné e estava internado no hospital Bellevue desde que foi diagnosticado com o vírus em 23 de outubro, significa que os Estados Unidos não têm mais nenhum paciente em tratamento para Ebola, de acordo com a mídia. Spencer compareceu a uma entrevista coletiva nesta terça de manhã ao lado do prefeito de Nova York, Bill de Blasio. "Esse é um dia realmente muito bom", disse De Blasio. "O primeiro e único caso de Ebola na cidade de Nova York foi tratado com sucesso. O doutor Spencer está livre do Ebola e Nova York está livre do Ebola." Spencer, que viajou para a África Ocidental com os Médicos Sem Fronteiras, recebeu a visita de outras autoridades da cidade e de funcionários do hospital. O diagnóstico de Ebola do médico foi confirmado após ele ter viajado de metrô pela cidade para jantar fora e jogar boliche com amigos, o que provocou uma grande preocupação sobre a possível disseminação do vírus pela cidade. O Ebola matou mais de 4.950 pessoas desde o início do atual surto na África Ocidental este ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria dos casos e das mortes está concentrada em Serra Leoa, Libéria e Guiné. Na segunda-feira, autoridades de saúde da Carolina do Norte disseram que o missionário John Fankhauser, de 52 anos, de Ventura, na Califórnia, estava sob "certo risco" de desenvolver a doença após voltar da Libéria, e foi posto em quarentena por 21 dias. Os Estados Unidos tiveram apenas uma morte devido ao Ebola, o liberiano Thomas Eric Duncan, que contraiu a doença na Libéria e morreu em Dallas, onde estava fazendo uma visita. Especialistas afirmam que o Ebola só é transmitido por meio do contato com os fluídos corporais de uma pessoa sintomática.

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