PUBLICIDADE

Democratas tentam superar impasse da dívida nos EUA

Por ANDY SULLIVAN
Atualização:

Senadores democratas, decididos a tomar a iniciativa nos esforços para evitar um trágico calote da dívida americana, estão pressionando por um acordo com um dividido partido republicano neste sábado em torno da redução do déficit. Diferenças arraigadas ainda dificultavam um entendimento, enquanto líderes democratas acusavam seus colegas republicanos de obstruir a negociação menos de 100 horas antes de o governo correr o risco de ficar sem dinheiro para pagar todas as suas contas. A saga da dívida americana transferiu-se para o Senado na noite de sexta-feira, depois que a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, aprovou um plano de redução do déficit, rompendo uma semana de inércia política. O Senado, dominado pelos democratas, rejeitou prontamente o plano, como era esperado, mas a aprovação anterior pelos deputados aumentou a esperança de que as duas casas cheguem a um acordo final. O clima no Senado rapidamente azedou, no entanto, quando líderes democratas acusaram raivosamente o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, de se recusar a falar com eles. O líder democrata do Senado, Harry Reid, modificou seu plano, incluindo elementos de uma proposta anterior feita por McConnell, com a esperança de obter os votos republicanos. Mas ele recusou a oferta de McConnell de votar o plano imediatamente --um sinal de que Reid ainda não tem apoio suficiente. A expectativa é que o Senado vote a proposta na manhã de domingo, abrindo espaço para uma deliberação final na segunda-feira, pouco antes da abertura dos mercados financeiros nos Estados Unidos. A Câmara dos Deputados marcou a votação de uma versão do plano de Reid para 14h (horário local) deste sábado. O governo americano pode não ter dinheiro para pagar suas dívidas na terça-feira a menos que o Congresso concorde em elevar o teto da dívida de 14,3 trilhões de dólares. "O país está em crise. Esse não é o momento para a costumeira política", disse o senador democrata Charles Schumer em uma coletiva de imprensa. Apesar da dura retórica, há esperanças de que conversas de bastidores levarão a um acordo no final de semana. Os democratas dizem que muitos republicanos estão prontos a chegar a um acordo, mesmo que McConnell não esteja.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.