17 de agosto de 2010 | 23h04
Pessoas protestan contra Lei SB1070 antes de sua vigência, em 29 de julho
PHOENIX, EUA- Os legisladores do Arizona estão deixando de lado a proposta da governadora Jan Brewer para que considerem modificar algumas partes da controversa lei estadual que tenta controlar a imigração.
Brewer sugeriu em 30 de julho a ideia de fazer "retoques" na lei pouco depois que uma juíza federal bloqueou a implementação das suas cláusulas mais polêmicas.
Os assessores legislativos disseram na terça que a ideia havia sido arquivada, ao menos de forma temporária, principalmente porque o estado tem uma apelação pendente na Corte de Apelações do Nono Circuito.
Brewer não sugeriu uma mudança específica na lei, mas expressou sua disposição em considerar algumas mudanças como resposta à ordem judicial preliminar emitida pela juíza federal Susan Bolton em 28 de julho, um dia antes da lei entrar em vigor.
Desde o princípio, os líderes da Câmara se mostraram céticos a respeito da ideia da governadora, mas de todas as formas fizeram com que seu assessores a revisassem antes de concluir que uma ação imediata não deve ser tomada.
Entre os trechos polêmicos que não entraram em vigor por conta da decisão de Bolton estão o que permite à polícia verificar documentos de imigração de pessoas abordadas por outras infrações e suspeitas de estarem ilegalmente no país.
A juíza também suspendeu o trecho da lei que considera crime não portar documentos de imigração e a proibição de que trabalhadores sem documentos busquem trabalho.
Também foi bloqueada a parte que permite à polícia prender sem mandado pessoas suspeitas de terem cometido um crime pelo qual poderiam ser deportadas.
Polêmica
Desde que foi assinada por Brewer, no fim de abril, a nova lei de imigração do Arizona provocou uma onda de protestos dentro e fora dos Estados Unidos, por parte de opositores que consideram o projeto discriminatório e afirmam que vai afetar principalmente a população hispânica.
A nova lei foi alvo de várias ações judiciais e recebeu críticas do presidente Barack Obama.
No entanto, pesquisas de opinião revelam que a maioria dos americanos é favorável a leis desse tipo, e muitos estados já avaliam adotar legislações semelhantes.
Os defensores da lei afirmam que ela vai conter a imigração ilegal, que muitos relacionam ao aumento da criminalidade.
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