22 de agosto de 2010 | 16h58
O debate carregado de emoção, que ganhou importância política nacional nos Estados Unidos, centra-se nos planos de construir o centro a dois quarteirões do local dos ataques de 11 de setembro de 2001 pela Al Qaeda, que mataram quase 3 mil pessoas.
Os republicanos que se opõem ao projeto estão utilizando-o para atacar o presidente Barack Obama antes das eleições parlamentares de novembro, em que o Partido Democrata buscará manter o controle do Congresso.
Os oponentes do centro, que incluiria um espaço para orações, dizem que a localização proposta é insensível e temem que a ação fomente o extremismo religioso. Aqueles que apoiam o plano citam o direito de liberdade religiosa e a necessidade de promover a tolerância e a compreensão.
Centenas de opositores gritavam "Não à Mesquita" neste domingo, cantando músicas patrióticas e empunhando fotos de ataques violentos por extremistas islâmicos.
Uma placa lia: "Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas todos os terroristas foram muçulmanos."
Em outra esquina, os defensores entoavam: "Nós não ligamos para o que os intolerantes dizem, liberdade de religião está aqui para ficar."
Ainda que os protestos tenham sido fervorosos e discussões tenham surgido, não havia relatos de violência ou prisões. Policiais disseram que forças adicionais foram utilizadas, mas não informaram quantas.
Obama e o prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, disseram apoiar o direito de muçulmanos construírem o centro perto do Ground Zero, enquanto os republicanos, incluindo a ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin, se opõem ao centro.
Outros sugerem que ele seja construído em um lugar menos controverso.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.