Eleições de 2012 nos EUA terão gasto recorde de US$ 6 bilhões

Apenas o partido republicano realizará primárias; pleito presidencial ocorre em novembro

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WASHINGTON - A eleição dos Estados Unidos em 2012 será a mais cara da história. As estimativas são de gastos de ao menos US$ 6 bilhões. Milhões virão de doações, enquanto republicanos e democratas buscam o controle da Casa Branca, do Congresso e de governos estaduais. "É certo dizer que, dado que tivemos um ciclo de US$ 5 bilhões em 2008, o valor certamente ficará acima disso e muito provavelmente acima de US$ 6 bilhões, o que é uma taxa de crescimento impressionante", disse Sheila Krumholz, diretora-executiva do Center for Responsive Politics, que rastreia os gastos de campanha. O custo da eleição é surpreendente, uma vez que apenas o Partido Republicano terá primárias presidenciais, diferentemente de 2008, quando ambos os partidos promoveram disputas dispendiosas para encontrar um candidato. Um motivo para o alto custo desta vez é o poder de levantar fundos dos principais candidatos, mesmo numa época de crise econômica e alto desemprego. O presidente americano, Barack Obama, deve arrecadar ao menos US$ 760 milhões, levantados quando ele venceu a Casa Branca em 2008, ou mesmo chegar a US$ 1 bilhão. O rival republicano de Obama precisará de uma quantia similar para competir. Dois dos favoritos dos republicanos, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e o governador do Texas, Rick Perry, são bons arrecadadores de fundos. A republicana Michele Bachmann também é capaz de arrecadar dinheiro e foi quem mais arrecadou na Câmara dos Deputados em 2010. A arrecadação de recursos em disputas do Congresso e em votações regionais também está aumentando a 14 meses das eleições de 6 de novembro. O dinheiro a ser levantado e gasto durante toda a campanha de 2012 é o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) de um país pequeno, como a Nicarágua. Os candidatos de 2012 para o Senado e a Câmara registraram arrecadação de US$ 295,2 milhões nos primeiros seis meses de 2011, o total mais elevado já registrado para o primeiro semestre de um ano não eleitoral.

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