Em campanha, Obama liga republicanos às grandes empresas

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Por PATRICIA ZENGERLE
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O presidente Barack Obama retratou os republicanos como aliados obstrucionistas na América corporativa ao atravessar os Estados Unidos, na segunda-feira, em campanha por seus colegas democratas que lutam para manter o controle do Congresso e de governos estaduais nas eleições de novembro. Em uma fábrica de baterias no estado do Wisconsin, Obama tentou convencer eleitores de que pode aliviar os altos índices de desemprego e tem um plano para consertar uma economia em desaceleração, na qual aumenta a preocupação com uma nova recessão. Obama acusou os republicanos de tentarem voltar no tempo, resistindo aos esforços de seu governo para impulsionar uma economia em queda. "Eles disseram 'não' para cortes em impostos para pequenas empresas, 'não' para a reconstrução da infraestrutura, 'não' para projetos de energia limpa. Eles até votaram contra a eliminação dos impostos reduzidos no caso de exportação de empregos", disse Obama. Seus planos para reanimar o setor manufatureiro dos EUA incluem incentivos econômicos a produtores domésticos de produtos de energia limpa. "Esperamos que nosso compromisso com a energia limpa leve à criação de mais de 800 mil empregos até 2012", disse ele a uma pequena multidão no ZBB Energy Corp, fabricante de baterias de alta tecnologia. A viagem de Obama o levará a Wisconsin, Califórnia, Washington, Ohio e Flórida em três dias em uma série de eventos para arrecadar fundos para os democratas que disputam as eleições de 2 de novembro. Em Milwaukee, Obama disse que os republicanos que se opuseram à sua lei de reforma de saúde estavam ao lado de empresas de seguros de saúde que tentam negar cobertura a pacientes doentes. Ele também acusou os republicanos contrários à reforma da regulamentação financeira de apoiarem empresas de Wall Street que se opõem à regulamentação apesar de na crise financeira terem contribuído para causar a recessão. As chances dos democratas em novembro são dificultadas pelos índices de aprovação de Obama -- que estão próximo dos 40 e poucos por cento -- e temores de que a economia possa escorregar de volta à recessão. Alguns candidatos democratas se negaram a participar de eventos com o presidente. Os republicanos têm bons motivos para se opor aos programas de Obama, que aumentaram o déficit, aumentaram os impostos e, no caso da reforma financeira, afetarão as pequenas empresas, disse o porta-voz republicano no Senado Mitch McConnell.

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