Em evento eleitoral, Obama defende política para Israel

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O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu na quarta-feira a sua política com relação a Israel, em resposta à fala de um proeminente líder judaico durante um evento de arrecadação de fundos eleitorais, em Nova York. Obama tem sido criticado por alguns apoiadores de Israel nos EUA por agir de forma dura com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao pressioná-lo a retomar o processo de paz com os palestinos. "Tendo a não dar muitos tapinhas nas costas, mas esta gestão fez mais pela segurança do Estado de Israel do que a gestão anterior", disse Obama. "Não fazemos concessões quando se trata da segurança de Israel (...), e isso irá continuar." O evento para os doadores eleitorais aconteceu na casa de Jack Rose, presidente do Congresso Judaico Americano, que disse: "Eu seria relapso se não disse que há muitos na comunidade judaica que estão preocupados com as relações entre EUA e Israel". Rosen admitiu, porém, que "a América nunca apoiou tanto o Estado de Israel quanto o presidente Obama e seu governo". Obama obteve quase 80 por cento dos votos dos judeus norte-americanos na eleição presidencial de 2008, e na tentativa de reeleição dele, em 2012, a perda desse eleitorado poderá ser fatal em Estados eleitoralmente estratégicos como Flórida e Pensilvânia. Ele foi criticado por alguns líderes da comunidade judaica dos EUA no começo deste ano quando insistiu que as negociações sobre as fronteiras de um futuro Estado palestino tomem como ponto de partida a linha de demarcação existente antes de Israel ocupar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Mas Obama foi elogiado por Israel e seus apoiadores nos EUA por sua oposição à ação dos palestinos para buscar plena adesão na ONU e por adotar uma linha dura em relação ao Irã, arqui-inimigo de Israel. (Reportagem de Laura MacInnis)

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