Embargo a Cuba acaba antes de 2010, prevê deputado dos EUA

PUBLICIDADE

Atualização:

O Congresso dos Estados Unidos provavelmente suspenderá o embargo a Cuba antes do final de 2010, disse um influente parlamentar democrata na terça-feira. Charles Rangel, presidente da Comissão de Orçamento da Câmara, disse a jornalistas que ele acha "muito provável" que a atual legislatura, que vai até o final do ano que vem, suspenda as restrições comerciais em vigor há quase 50 anos. Rangel, que há muito tempo critica o embargo e que agora chefia a influente comissão responsável por políticas tributárias e comerciais, fez esse comentário em resposta a uma pergunta durante um evento. Ele salientou, porém, que acha mais prioritário para o atual Congresso reformar o sistema de saúde dos EUA. No mês passado, o presidente Barack Obama deu um passo no sentido de melhorar as relações com Cuba, ao suspender restrições para viagens e remessas financeiras de imigrantes cubanos para a ilha comunista. Ele sinalizou que, para obter mais concessões, Havana teria de libertar presos políticos e melhorar a situação dos direitos humanos. O presidente cubano, Raúl Castro, e seu irmão Fidel manifestam disposição em conversar com os EUA, mas insistem que isso deve ocorrer sem pré-condições e com respeito à sua soberania. O deputado William Delahunt disse a jornalistas que não espera que seja votado antes de novembro um projeto que permitiria a cidadãos dos EUA viajar livremente a Cuba. "Estamos acumulando apoio. Temos 138 copatrocinadores", disse o democrata, alertando que defensores do embargo estão "gastando enormes quantidades de dinheiro" para se opor à lei. Também na terça-feira, o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, afirmou que Obama está esperando Cuba dar o próximo passo. "O que o presidente tem dito é que é hora de Cuba demonstrar sua disposição de dar alguns passos e demonstrar algum progresso, e mudar na filosofia do que se refere a direitos humanos e talvez libertar alguns dos prisioneiros." (Reportagem de Susan Cornwell e Doug Palmer)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.