Equipes buscam sobreviventes de explosão em fábrica no Texas

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Por CORRIE MACLAGGAN
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Sob chuva fria, equipes de resgate buscam sobreviventes nesta quinta-feira em meio aos escombros de casas destruídas na explosão de uma fábrica de fertilizantes cheia de tanques com produtos químicos perigosos no Estado norte-americano do Texas. O número de mortos no incidente na localidade de West foi estimado por enquanto entre 5 e 15 pessoas, mas o sargento William Patrick Swanton, da polícia da vizinha Waco, disse que a cifra ainda deve mudar à medida que os especialistas percorrem cada casa das ruas calcinadas pela explosão ocorrida na noite de quarta-feira. A fábrica de fertilizantes tinha tanques com produtos altamente inflamáveis, mas as causas do incêndio e subsequente explosão não foram esclarecidas. As autoridades dizem não haver indícios de sabotagem. Cerca de 160 pessoas ficaram feridas. Fazia cerca de 20 minutos que os bombeiros combatiam um incêndio no local, pouco antes das 20h de quarta-feira (hora local), quando uma violenta explosão sacudiu West, localidade com 2.700 habitantes, a cerca de 30 quilômetros de Waco. Três ou quatro bombeiros voluntários continuam desaparecidos, disse Swanton em entrevista coletiva concedida em um galpão de leilão de gado, com vacas deitadas atrás dele. De acordo com o Centro de Controle de Doenças, amônia anidra e água produzem uma nuvem venenosa. A mistura de amônia com o ar forma uma mistura explosiva, e contêineres podem explodir quando aquecidos, de acordo com o centro. A fábrica de West é um dos milhares de locais no interior dos Estados Unidos que armazenam e vendem materiais perigosos, como fertilizantes e produtos químicos de uso agrícola, e muitos deles ficam próximos a residências e escolas. O local do acidente pertence a Donald Adair, de 83 anos, e tem menos de dez empregados. A usina não era inspecionada pelas autoridades estaduais desde 2006, quando uma queixa sobre cheiro de amônia foi resolvida, segundo o diretor-executivo da Comissão de Qualidade Ambiental do Texas, Zak Covar. Ele disse que essas inspeções só ocorrem quando há queixas. Naquela época, a Agência de Proteção Ambiental do governo federal impôs multa de 2.300 dólares à empresa por não implementar um plano de gestão de risco. O dono da fábrica não foi localizado para comentar. (Reportagem adicional de Nick Carey, Ian Simpson e Atossa Araxia Abrahamian, Lisa Maria Garza, Laura Heinauer e Mark Weinraub)

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