Estados Unidos alertam para risco de sequestros na Arábia Saudita

Embaixada americana em Riad diz que grupo terrorista planeja atacar cidadãos do Ocidente

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WASHINGTON - A Embaixada dos Estados Unidos na Arábia Saudita alertou nesta quarta-feira, 28, que um grupo terrorista pode estar tramando sequestros de cidadãos ocidentais em Riad, e aconselhou os americanos que estão no país a terem cautela. "A Embaixada dos EUA em Riad avisa aos cidadãos americanos no Reino da Arábia Saudita que recebemos informações de que um grupo terrorista estaria planejando sequestrar ocidentais" na capital do país árabe, disse a embaixada em mensagem no seu site. A missão diplomática ainda lembrou todos os americanos que "tenham prudência e uma preocupação reforçada com a segurança o tempo todo".

 

O comunicado divulgado pela embaixada não dá mais detalhes sobre as ameaças. Entre as recomendações da missão diplomática estão a de alterar sempre a rotina pessoal e manter a discrição. A rede terrorista Al-Qaeda realizou uma onda de ataques na Arábia Saudita entre 2003 e 2006, mas o governo teme que os militantes do grupo usem suas bases no vizinho Iêmen para retomar as operações. O governo também teme que o Irã tente estimular dissidências entre a minoria xiita da própria Arábia Saudita a fim de desestabilizar o reino, onde ficam os mais sagrados locais do Islã. A Arábia Saudita é um importante aliado dos Estados Unidos e o maior exportador mundial de petróleo. O reino absolutista não tem partidos políticos, e seu Parlamento é composto por deputados nomeados, com poucos poderes. Na segunda-feira, um ex-chefe da inteligência saudita disse que o reino tem confiança na capacidade dos seus 35 mil soldados e policiais para proteger as instalações petrolíferas daquilo que ele disse ser uma crescente ameaça terrorista na região. O príncipe Turki al-Faisal declarou a uma plateia em Madri que a atual instabilidade política no mundo árabe criou um solo fértil para grupos terroristas, mas que a Arábia Saudita continua sendo "estável e segura."

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