EUA aliviam, Mantega anima e Bovespa tem maior alta em um mês

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Por ALUÍSIO ALVES
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A desaceleração do ritmo de demissões nos Estados Unidos e previsões animadoras do governo brasileiro sobre o PIB do segundo trimestre levantaram a bolsa paulista na sexta-feira antes do fim de semana prolongado. Apoiado também pela forte recuperação das construtoras domésticas, o Ibovespa avançou 1,7 por cento, aos 56.652 pontos, na maior alta diária em um mês. O giro financeiro da sessão, turbinado pelos 2,3 bilhões de reais da oferta pública de aquisição de ações da Nossa Caixa, atingiu 6,4 bilhões de reais. Nos EUA, a fonte de otimismo foi a notícia de que o mercado de trabalho do país eliminou 216 mil postos de trabalho em agosto. Embora isso tenha levado a taxa de desemprego ao maior nível em 26 anos, o dado foi recebido com alívio pelos investidores, que esperavam número ainda pior. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou o dia valorizado em 1,03 por cento. No lado doméstico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acabou animando mais ainda o investidor ao antecipar que a economia brasileira deve ter crescido até 2,0 por cento no segundo trimestre deste ano. O número oficial será divulgado na próxima sexta-feira. "Isso acabou intensificando o movimento que já era positivo", disse Walter Mendes, diretor de renda variável do Itaú Unibanco. Essa combinação tirou os negócios do marasmo do início do dia, com investidores na defensiva antes de feriados de segunda-feira que fecham os mercados, o Dia da Independência no Brasil e o Dia do Trabalho nos EUA. Ações de maior liquidez saíram na frente. O papel preferencial da Vale ganhou 1,5 por cento, para 33,04 reais, enquanto a preferencial da Petrobras cresceu 1 por cento, para 32,51 reais. No vácuo desse movimento, ações de grandes construtoras que haviam sido severamente castigadas no começo da semana em meio a anúncios de fusão e ofertas de ações, tiveram forte reação. Em destaque, Cyrela disparou 8,4 por cento, para 22,60 reais, seguida por Rossi Residencial, com um salto de 7,8 por cento, valendo 11,97 reais. Gafisa ganhou 5,1 por cento, para 26,54 reais. Nossa Caixa, alvo da oferta pública de aquisição feita pelo Banco do Brasil, que teve 97,7 por cento de adesão dos minoritários, foi a pior do dia, com baixa de 8,1 por cento, cotada a 69,00 reais. (Edição de Alexandre Caverni) (aluisio.pereira@thomsonreuters.com; 5511 5644-7712; Reuters Messaging: aluisio.pereira.reuters.com@thomsonreuters.net))

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