EUA aprovam novas sanções contra o Irã por programa nuclear

Banco, empresas de exportação e Guarda Revolucionária integram lista negra americana

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WASHINGTON - O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, anunciou nesta quarta-feira, 16, medidas econômicas que ampliam o efeito das sanções aplicadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Irã por conta do controvertido programa nuclear deste país e pediu mais ações de outros países contra a República Islâmica.

 

 

"Hoje, os EUA estão dando os primeiros passos para aplicar e completar a resolução", disse Geithner. Entre as medidas anunciadas pelo governo americano está a proibição de transações americanas com entidades e pessoas de uma lista negra que inclui um banco estatal, empresas de exportação e a Guarda Revolucionária do Irã.

 

"Nós vamos continuar a lutar contra o apoio do Irã às organizações terroristas e continuaremos com nosso foco na Guarda Revolucionária", disse Geithner, acrescentando que os EUA continuarão a "expor os modos como o Irã tenta se esquivar das sanções internacionais".

 

O Departamento do Tesouro adicionou o Banco Post à lista de instituições com as quais não deve haver transações, tornando-se o 16º banco a sofrer com as sanções. Segundo as autoridades, o banco passou a fazer transações internacionais depois que o banco Sepah foi sancionado, o que indica que o Post assumiu o papel de financiador do programa nuclear iraniano.

 

Além do banco, o Tesouro também listou a empresa estatal de exportação além de outras cinco companhias, identificou 27 embarcações que devem ser bloqueadas e atualizou a mudança de nome de outras 71 que estavam bloqueadas. A Guarda Revolucionária iraniana também sofreu bloqueios dos americanos.

 

Geithner ainda disse que os EUA esperam que outros países façam o mesmo e apliquem sanções individuais contra a República Islâmica. "Estivemos trabalhando nos bastidores para conseguir o apoio dos ministros de fianças. Esperamos ver sanções adicionais aprovadas por outros governos em breve", disse o secretário.

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Nesta quarta, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, anunciou que o bloco aprovou a aplicação de novas sanções contra o Irã que afetam o setor energético do país persa. Os países europeus também pressionaram para que a resolução da ONU fosse aprovada.

 

O Conselho de Segurança aprovou no dia 9 uma resolução determinando que o Irã pare de enriquecer urânio e impondo novas sanções. Potências lideradas pelos EUA suspeitam que o Irã mantenha secretamente um programa para produzir armas nucleares. Teerã, porém, alega ter apenas fins pacíficos.

 

(Com informações das agências Efe e Reuters)