WASHINGTON - O governo dos EUA bloqueou nesta segunda-feira, 28, cerca de US$ 30 bilhões en ativos líbios depois das sanções anunciadas pela Casa Branca na sexta-feira contra o regime do ditador líbio, Muamar Kadafi. A informação é de um oficial do Tesouro de Washington.
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"Ao menos US$ 30 bilhões foram bloqueados em virtude do decreto" assinado na sexta pelo presidente Barack Obama, indicou David Cohen, secretário do Tesouro interino e responsável pela inteligência financeira dos EUA. "É o maior congelamento de fundos já realizado devido a sanções", concluiu.
Cohen indicou ainda que novas medidas restritivas poderiam ser impostas ao coronel líbio e aos seus familiares. "Estamos pensando em aumentar a lista de indivíduos" afetados pela sanções, disse. De acordo com o decreto, os ativos e propriedades de Kadafi nos EUA ficam suspensos.
A decisão americana foi tomada devido à resistência de Kadafi em dialogar com a oposição e seguir com a repressão brutal contra os manifestantes que pedem o fim do seu regime, que já dura 41 anos. O Conselho de Segurança da ONU e a União Europeia também adotaram sanções contra o ditador.
Os EUA também negociam a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre algumas regiões da Líbia, segundo Jay Carney, porta-voz da Casa Branca. A medida impediria Kadafi de usar aviões para atacar os rebeldes, como o ditador tem feito nos últimos dias de tensão no país africano.
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Segundo um cálculo de fontes no Tesouro, o Banco Central líbio possui US$ 105 bilhões em reservas pelo mundo, ao passo que o fundo soberano movimenta mais de US$ 70 bilhões em uma variedade de investimentos.