EUA condenam ataques na Síria e chamam oposição ao diálogo

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Os Estados Unidos condenaram um ataque de mísseis Scud pelo Exército da Síria, que matou dezenas de pessoas na sexta-feira na cidade de Aleppo, e convidaram a oposição síria para conversações sobre como encontrar uma solução negociada para o conflito. Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, o bombardeio a um bairro de Aleppo e outras investidas militares, tais como agressões, como ataques a quarteirões da cidade e a um hospital de campanha, foram "as mais recentes demonstrações de crueldade do regime sírio e de sua falta de compaixão para com o povo sírio, que diz representar". A declaração, divulgada no sábado, pode ajudar a aplacar os ânimos entre a oposição síria, que recusou convites para visitar Washington e Moscou, em protesto contra o que qualificou como silêncio internacional sobre a destruição da histórica cidade de Aleppo por ataques de mísseis do governo. Quase dois anos depois do início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, rebeldes se apoderaram de grandes porções do território Síria, mas essas áreas continuam a ser alvo da artilharia do Exército sírio e artilharia, de ataques aéreos e, cada vez mais, de disparos de mísseis. A decisão da oposicionista Coalizão Nacional Síria de rejeitar os convites ao diálogo e suspender a sua participação na conferência internacional Amigos da Síria, congelou as iniciativas de paz. No comunicado do Departamento de Estado, a porta-voz Victoria Nuland diz que o governo norte-americano espera reunir-se em breve com a liderança da organização oposicionista, que abrange vários grupos, "para discutir como os Estados Unidos e outros amigos do povo sírio podem fazer mais para ajudar o povo sírio a alcançar a transição política que exige e que merece". Os ataques de foguetes em um distrito na parte leste de Aleppo, o centro industrial e comercial da Síria, mataram pelo menos 29 pessoas na sexta-feira e soterraram uma família de dez pessoas em sua casa, disse um ativista da oposição na cidade. (Por Khaled Yacoub Oweis)

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