
14 de setembro de 2010 | 17h23
WASHINGTON - O departamento de Estado americano afirmou nesta terça-feira, 14, que o governo não pagou uma fiança de US$ 500 mil pedida pelo Irã para libertar a montanhista Sarah Shourd, presa em julho de 2009 com mais dois amigos acusada de espionagem. A viajante foi solta hoje pelas autoridades iranianas.
Segundo o porta-voz Philip Crowley, os EUA não pagaram nada pela libertação."Não sabemos quais foram as ações específicas", disse.
De acordo com Crowley, a americana foi libertada porque alguém proporcionou as garantias suficientes ao governo iraniano. "Ainda não recebemos informações completas do ocorrido nas negociações nas últimas 24 horas", acrescentou.
Segundo fontes iranianas, o depósito dos US$ 500 mil, a quantia determinada como fiança pelo promotor-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, foi o motivo da imediata libertação da americana.
Sarah, que deixou hoje o Irã rumo a Omã, foi detida em 31 de julho de 2009 junto a seus companheiros Shane Bauer e Josh Fattal quando, segundo eles, faziam trilha no Curdistão iraquiano e entraram por engano no território do Irã.
As autoridades iranianas os acusaram de espionagem pouco após terem entrado de forma ilegal em território iraniano.
A Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu hoje ao Governo do Irã a permitir a libertação dos outros dois americanos, junto aos demais cidadãos americanos que permanecem detidos ou desaparecidos no país.
Por sua vez, o presidente dos EUA, Barack Obama, se mostrou hoje "muito contente" pela notícia da libertação, mas lamentou que os companheiros de Sarah permaneçam presos.
Segundo uma agência pública iraniana, a Justiça do país decidiu manter detidos os outros dois prisioneiros pelos próximos dois meses.
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