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EUA e Coreia do Sul preparam exercícios militares conjuntos

Por PHIL STEWART
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Os Estados Unidos e a Coreia do Sul devem em breve aprovar uma série de exercícios militares conjuntos a fim de dissuadir a Coreia do Norte de eventuais ataques, disse o Pentágono nesta quarta-feira. O clima é de tensão na região por causa do naufrágio, em março, de uma corveta sul-coreana, com 46 mortos, aparentemente causado por um torpedo norte-coreano. Antes do incidente, Washington e Seul já haviam anunciado atividades aeronavais mais modestas no mar Amarelo e no mar do Japão. O novo exercício deve ser formalizado em reuniões bilaterais na semana que vem em Seul, com a participação dos secretários norte-americanos de Estado, Hillary Clinton, e da Defesa, Robert Gates. "Todos esses exercícios são de natureza defensiva, mas passarão uma clara mensagem de dissuasão à Coreia do Norte, para demonstrar nosso resoluto compromisso com a defesa da Coreia do Sul", disse Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, sem entrar em detalhes sobre as atividades. A China já manifestou preocupações com os exercícios militares na região, mas Morrell disse que Pequim não tem motivos para se queixar. "É uma questão da nossa capacidade de nos exercitar em águas abertas, em águas internacionais. Essas determinações são tomadas por nós e somente por nós", afirmou. Os EUA mantêm cerca de 28 mil soldados na Coreia do Sul, e no mês passado o governo de Barack Obama aceitou adiar de 2012 para 2015 a transferência para o controle sul-coreano do eventual controle operacional de guerra, em caso de conflito com a Coreia do Norte. Com essa medida, os EUA indicam que continuam militarmente no controle da região. Segundo Morrell, o adiamento permitirá uma transferência mais ampla de responsabilidades, inclusive no comando das operações terrestres. "Isso nos permitirá assegurar que estamos todos sincronizados, e que afinal seremos mais fortes como aliança por termos esperado o momento para fazer isso", afirmou ele a jornalistas.

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