14 de julho de 2009 | 09h47
Os Estados Unidos e Cuba planejam voltar a conversar nesta terça-feira, 14, sobre a migração cubana para o território norte-americano, disse uma autoridade de Washington. O diálogo é parte do esforço do presidente Barack Obama para se aproximar da ilha.
No início de junho, a Casa Branca disse que o acordo de Havana para retomar as conversações era bem-vindo, inclusive o restabelecimento do serviço postal entre os dois países. A mais recente mudança para descongelar as relações aconteceu após a decisão do presidente dos EUA, Barack Obama, que em abril autorizou transferências de dinheiro e viagens de cubano-americanos ao país vizinho.
"A conversa ocorrerá na terça em Nova York", afirmou a autoridade, sob anonimato, pois o governo norte-americano tem ainda que anunciar as discussões formalmente. As conversas, feitas pela última vez em 2003 e suspensas por Washington no ano seguinte, dizem respeito a um acordo dos anos 1990, firmado para prevenir um êxodo cubano para os Estados Unidos como o de 1980.
A proposta dos EUA para a retomada do diálogo gerou reações diversas da comunidade cubana no país. Alguns viram como uma concessão ao regime comunista, e outros encararam como um passo para melhorar as relações entre os dois países. A retomada representa uma prova de que os dois governos parecem decididos em avançar na normalização das relações interrompidas há quase meio século, desde o embargo econômico imposto pelos EUA.
Membros do governo americano assinalaram que os dirigentes cubanos também mostraram interesse em dialogar sobre o narcotráfico, o terrorismo e ações durante desastres naturais, questões sobre as quais dos dois países chegaram a colaborar esporadicamente durante o embargo.
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