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EUA e Rússia atingem acordo nuclear preliminar, diz 'WSJ'

De acordo com a publicação, negociadora de Obama foi para Suíça trabalhar em texto final do novo Start

Por André Lachini
Atualização:

Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um "acordo preliminar" para um tratado de redução de armas nucleares, o primeiro desse gênero em quase duas décadas, informaram funcionários dos governos e do controle de armas dos dois países. 

link Irã se diz disposto a enriquecer seu urânio fora do paísO acordo deverá limitar de maneira drástica o número de mísseis e bombardeiros estratégicos, bem como o número de ogivas nucleares, informa o Wall Street Journal.Rose Gottemoeller, principal negociadora da administração do presidente Barack Obama, foi para Genebra na segunda-feira para ajudar a redigir o texto final do tratado e começou o difícil processo que poderá ser transformar a linguagem do pacto num tratado formal, disse um funcionário do governo americano. "As questões, da nossa perspectiva, estão todas abordadas", ele acrescentou.O acordo deverá reduzir a quantidade de ogivas nucleares, das 2.200 estabelecidas no tratado START de 1991 para algo entre 1.500 e 1.675, para cada país, mas os meios para disparar armas nucleares, como mísseis balísticos intercontinentais e bombardeiros estratégicos, terão uma redução mais drástica, para algo entre 700 e 800 veículos para cada país.O avanço nas negociações aconteceu após duas semanas, quando o conselheiro de segurança nacional dos EUA, James Jones, e o almirante Michael Mullen, chefe do Estado Maior, foram a Moscou para trabalhar nas questões da verificação dos arsenais e no monitoramento conjunto de testes de mísseis e inspeções a fábricas de mísseis.O acordo recebeu uma aprovação preliminar na semana passada após uma conversa por telefone entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev. Sob o acordo, os russos compartilharão dados sobre testes de mísseis, algo a que eles resistiam, uma vez que desenvolveram mísseis balísticos mais avançados. Mas o monitoramento a um local de lançamento de mísseis na Rússia, que acabou em 2008, não será renovado, de acordo com funcionários familiarizados com o tratado.

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