EUA e Rússia confirmam para fevereiro negociação nuclear

Tratado se redução de arsenal que substituiria o Start da guerra fria deveria ter sido fechado até o fim de 2009

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Por Efe
Atualização:

Rússia e EUA decidiram retomar em fevereiro as negociações sobre para um novo tratado de desarmamento nuclear, suspensas no fim do ano passado, anunciou nesta sexta-feira, 22, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

 

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"Espero que as questões pendentes sejam resolvidas rapidamente e, assim, as negociações sejam retomadas, o que acontecerá no início de fevereiro", disse o ministro em coletiva de imprensa.

 

Lavrov lembrou que, enquanto a reunião definitiva não acontece, hoje estão sendo realizadas em Moscou consultas entre o chefe do Estado Maior dos EUA, Mike Mullen, e da Rússia, Nikolai Makárov. "Essas conversas permitirão determinar as recomendações para ambas as delegações, a fim de referendar com maior facilidade as soluções de compromisso", explicou o ministro.

 

O embaixador dos EUA em Moscou, John Beyrle, afirmou esta semana a uma emissora de rádio da capital russa que "as negociações estão em fase final" e "terminarão muito em breve". Beyrle sugeriu a possibilidade de que a assinatura do novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start) aconteça já durante o encontro entre os presidentes americano, Barack Obama, e russo, Dmitri Medvedev, previsto para abril, nos EUA.

 

Segundo a imprensa russa, Moscou e Washington ainda não conseguiram limar as diferenças em relação à obrigatoriedade das inspeções de arsenais.

 

O presidente russo advertiu recentemente que o novo tratado de desarmamento estratégico deverá ser ratificado de maneira simultânea pelos Parlamentos dos dois países. Medvedev qualificou ainda de "inadmissível" a situação de tempos soviéticos, quando os acordos de desarmamento eram ratificados pela URSS, mas não pelos EUA.

 

Obama e Medvedev acordaram em 4 de dezembro passado prorrogar a vigência do Start, que expirava no dia seguinte, e deixaram claro o compromisso de assinar rapidamente um pacto que o substitua.

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