EUA e Rússia discutem pacto sobre armas e situação do Irã

PUBLICIDADE

Por OLEG SHCHEDROV
Atualização:

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia disseram neste domingo que esperam fechar um novo acordo sobre redução de armas até o fim deste ano. Depois das negociações em Cingapura --parte dos esforços para "reiniciar" as relações entre os países--, autoridades de ambos os lados reconheceram problemas a serem resolvidos em um novo acordo sobre armas que substituirá o START I, que expira em dezembro. "Eu espero que, conforme acertamos mais cedo,... possamos finalizar o tratado em dezembro", disse o presidente russo, Dmitry Medvedev, depois das conversas com seu colega Barack Obama em Cingapura. Os dois líderes veem o novo tratado como um elemento importante na manutenção da estabilidade global e no estancamento das feridas nas relações bilaterais, que chegaram ao pior nível desde o fim da Guerra Fria ao longo do governo do antecessor de Obama, George W. Bush. Autoridades expressaram otimismo de que um novo documento possa estar pronto antes de o START I (Negociações para Limitação de Armas Estratégicas, na sigla em inglês) expirar, em 5 de dezembro. "Sobre o novo acordo START, fizemos progressos", disse Michael McFaul, assessor sênior da Casa Branca, depois da reunião de domingo. "Falamos sobre alguns assuntos que ainda precisam ser resolvidos e ambos os presidentes se comprometeram a tentar conseguir um novo tratado até o fim deste ano. "Eles disseram isso publicamente e essa foi uma parte grande das discussões sobre a substância desse tratado", declarou ele a jornalistas. Autoridades de ambos os lados disseram que Obama e Medvedev também conversaram sobre o programa nuclear do Irã e sobre o Afeganistão ao longo do encontro de 90 minutos. A reunião ocoreu à margem de uma cúpula regional. "Cada reunião com o presidente dos EUA dá um importante novo ímpeto às relações bilaterais", disse Sergei Prikhodko, assessor-chefe de Medvedev para política externa, antes da reunião.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.